Gilberto Silva
Grande captação
A Neon, fintech focada nas classes C e D, anunciou a conclusão de sua rodada Série E com captação total de R$ 720 milhões. A etapa final contou com investimentos do IFC (braço do Banco Mundial) e da DEG (ligada ao banco alemão KfW).
Foco no consignado
Os recursos serão usados para expandir no mercado de consignado privado, segmento que cresce no Brasil. “É um mercado enorme e ainda pouco explorado por fintechs”, afirmou o CEO Pedro Conrade em comunicado.
Trajetória
Fundada em 2016, a Neon se tornou um dos principais bancos digitais do país, com mais de 25 milhões de clientes. A empresa já havia captado US$ 300 milhões em 2023, liderados pelo fundo argentino Cresud.
Estratégia
Além do consignado, a fintech planeja reforçar produtos como conta digital, cartão de crédito e seguro. A entrada no crédito pessoal consignado representa nova frente de crescimento, concorrendo com bancos tradicionais.
Panorama do setor
O mercado de consignado privado movimenta R$ 100 bilhões anuais no Brasil, com taxas menores que o crédito pessoal tradicional. Fintechs têm ganhado espaço com processos digitais e aprovação mais ágil.
Próximos passos
A Neon avalia possibilidade de IPO nos próximos anos, dependendo das condições de mercado. A empresa também estuda expansão para outros produtos financeiros e possíveis aquisições estratégicas.
Desafios
Analistas apontam que o aumento da concorrência no setor e as altas taxas de juros no país podem pressionar margens. A Neon precisará equilibrar crescimento com rentabilidade para manter atratividade junto a investidores.
