O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), realizaram na noite de terça-feira (8) a primeira reunião após a crise provocada pela derrubada do decreto que aumentaria o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). O encontro, realizado na residência oficial da presidência da Câmara, contou ainda com a presença do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e de líderes parlamentares.
Contexto da crise do IOF
O decreto do governo federal que previa aumento do IOF foi derrubado pelo Congresso Nacional, gerando impasse entre Executivo e Legislativo. A decisão levou o governo a recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu tanto o decreto quanto o projeto de decreto legislativo que o revogava. O episódio evidenciou as dificuldades do governo em avançar com sua agenda econômica e a necessidade de diálogo para evitar novos entraves.
Reunião em clima de conciliação
Segundo Haddad, a reunião foi uma iniciativa de aliados de Motta, que buscaram um entendimento com o Executivo antes da audiência de conciliação marcada pelo STF para o dia 15. O ministro adotou tom conciliador, afirmando que a intenção é encontrar um caminho para retomar o debate e evitar confrontos desnecessários. “Quando um não quer, dois não brigam. Nós não vamos brigar, porque, no caso aqui, nenhum dos dois quer. Nós temos muitos amigos em comum”, afirmou Haddad em entrevista ao portal Metrópoles.
Desafios para a agenda econômica
Haddad reconheceu que a agenda econômica do governo avançou pouco no Congresso neste ano, mas manifestou confiança na reaproximação com Motta para destravar propostas que enfrentam resistência. O ministro destacou a importância de um ambiente de diálogo para garantir a aprovação de medidas essenciais para o equilíbrio fiscal e a retomada do crescimento econômico.
Próximos passos
O governo espera que a audiência de conciliação no STF contribua para um entendimento duradouro entre Executivo e Legislativo sobre o IOF e outras pautas econômicas. A expectativa é de que, superada a crise, seja possível avançar em projetos que promovam a justiça fiscal e a sustentabilidade das contas públicas.