Início BrasilAdvogado de Bolsonaro Depõe na PF Sobre Contato com Família de Mauro Cid

Advogado de Bolsonaro Depõe na PF Sobre Contato com Família de Mauro Cid

por Carlos Andrade
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Fabio Wajngarten, advogado de Jair Bolsonaro, em depoimento na Polícia Federal

O advogado Fabio Wajngarten, que integra a equipe de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, prestou depoimento à Polícia Federal (PF) nesta terça-feira, 1º de julho de 2025, em Brasília. A oitiva faz parte de uma investigação conduzida pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado.

Contexto do Depoimento

Wajngarten foi convocado para esclarecer contatos com a família do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Segundo ele, o contato com a filha de Cid teve como único objetivo auxiliar na inscrição da jovem em um torneio de hipismo, realizado em São Paulo, em agosto de 2023.

“Fui demandado pelo general Lourena Cid, pai de Mauro Cid, para ajudar na inscrição de sua neta na competição. Acionei o advogado Paulo Bueno para dar seguimento”, afirmou Wajngarten, negando qualquer tentativa de influenciar as investigações envolvendo Cid.

Negações e Críticas

Durante o depoimento, que durou cerca de uma hora, Wajngarten reforçou que não houve intenção de interferir nas investigações. “Em hipótese alguma houve tentativa de desorganizar ou tumultuar qualquer investigação”, declarou, segundo o portal UOL. Ele também lamentou ter sido intimado, afirmando: “Ninguém gosta de vir aqui, principalmente quem não tem culpa no cartório.”

Visita a Mauro Cid

Wajngarten revelou ter visitado Mauro Cid quando este estava preso, mas negou qualquer conversa sobre a delação premiada do tenente-coronel. Ele também criticou o que considera “vazamentos seletivos” de informações para a imprensa, apontando para um possível uso político do caso.

O advogado avalia a possibilidade de ingressar com uma ação de denunciação caluniosa contra Mauro Cid ou seus representantes legais, dependendo do desdobramento das investigações.

Outros Envolvidos

Além de Wajngarten, o advogado Paulo Cunha Bueno também foi ouvido pela PF no mesmo dia. Bueno negou qualquer abordagem indevida à família de Cid, afirmando que os contatos foram limitados à inscrição no torneio de hipismo. Ele saiu da PF sem falar com a imprensa.

O inquérito também investiga outros ex-assessores de Bolsonaro, como Marcelo Câmara e o advogado Eduardo Kuntz, suspeitos de tentar influenciar a delação de Cid. Até o momento, não há evidências concretas de interferência, segundo os depoimentos.

Repercussão no STF

O caso está sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que tem sido alvo de críticas de Wajngarten. Na semana passada, o advogado acusou Moraes de tentar “criminalizar a advocacia”. A investigação sobre a suposta tentativa de golpe segue em andamento, com desdobramentos que continuam a gerar debates no cenário político brasileiro.

“O STF está acompanhando de perto as alegações, mas é essencial que as investigações sejam conduzidas com transparência para evitar especulações”, avalia a jurista Ana Clara Mendes, especialista em direito constitucional.

Com o depoimento de Wajngarten, a PF busca esclarecer se houve tentativa de obstrução nas investigações envolvendo Mauro Cid, um dos personagens centrais no inquérito do STF.

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